Há momentos na vida de todo empresário em que não basta apenas empreender, mas assumir as rédeas da administração de seu negócio de forma a tirar o melhor proveito de suas ideias e dos recursos humanos sob sua orientação.

Os gestores com os quais temos nos relacionado, têm manifestado preocupação com a falta de tempo para conduzir análises e tomar decisões com maior grau de precisão. A urgência por apresentar resultados faz prevalecer análises mais superficiais, suficientes apenas para dar o próximo passo, deixando para administrar as consequências à medida que surgirem.

Diagnosticar os problemas da organização é uma forma de minimizar riscos e compreender a empresa através das dimensões: estrutura organizacional, processos, estratégia e tecnologia da informação e, para tanto, o envolvimento dos colaboradores torna essa atividade mais participativa, compartilhando a visão individual com a visão de futuro que se deseja alcançar.

O acompanhamento dos principais processos da organização nos dá a dimensão exata da fluidez das atividades ao longo da cadeia de valor e, com certeza, deve demonstrar os níveis de retrabalho e desperdício ao longo do caminho. A estrutura organizacional, que guarda uma relação estreita com os processos, pode apresentar distorções relacionadas à sobreposição de funções, ou mesmo, áreas de sombra não cobertas por nenhuma função. A utilização maior ou menor da tecnologia da informação pode influir significativamente na performance dos processos, à medida que a automação substitui muitas tarefas executadas manualmente.

Outro aspecto importante a ser focado está relacionado aos custos do negócio; os controles e o sistema de informação gerencial podem fornecer as informações necessárias para se tomar decisões; e os indicadores que monitoram, entre outros fatores, a evolução dos gastos e as oportunidades de redução de custos.

Ao citarmos o diagnóstico como uma atividade importante para o empresário conhecer sua empresa, estamos dando o primeiro passo para empreender o processo de planejamento estratégico e desenvolver um senso de direção sobre os rumos que se pretende dar aos negócios.

A elaboração de um planejamento não segue uma fórmula universal única, nem um roteiro específico. Depende basicamente de se agregar informações relevantes sobre o mercado de atuação, suas tendências, prováveis cenários, riscos envolvidos e oportunidades, aliado a um conhecimento intrínseco sobre que competências que a empresa precisará desenvolver para competir neste mercado.

Por fim o empresário necessitará conhecer melhor seu cliente e o ambiente competitivo em que está inserido. Na maioria das empresas ainda prevalece a ideia de que o cliente se comporta de forma previsível, ignorando-se as variações do mercado e da concorrência.

Essa atitude enganosa impede de se enxergar o ambiente externo às empresas e as mudanças que acontecem no dia-a-dia. Olhar apenas o que acontece no “espelho retrovisor”, sem visualizar o ambiente competitivo e de que forma as mudanças impactam no seu negócio, pode determinar o declínio ou o êxito dos empreendimentos e minar os esforços despendidos até então.

Edison Cunha

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